Como profissional atento às demandas do seu lead na jornada e compra, você sabe explicar o que é empréstimo home equity?
Se um dos seus papéis é encontrar os melhores caminhos para o seu cliente, como corretor de imóveis, você sabe o quão importante é estar preparado para oferecer informações completas e relevantes sobre financiamentos durante a jornada de compra.
Uma modalidade de empréstimo que pode beneficiar seus clientes é o empréstimo home equity, que é um empréstimo com garantia de imóvel e possui uma das menores taxas de juros do mercado, além de disponibilizar os valores mais altos.
O dinheiro adquirido com o empréstimo pode ser utilizado da forma que seu cliente desejar: seja para investir em capital de giro para um negócio, trocar dívidas caras por uma única mais barata, reformar a casa ou comprar uma nova e, ainda, antecipar o valor da venda de um imóvel.
Segundo a última edição do Índice FinanZero de Empréstimo (IFE), que analisou cerca de 404 mil usuários cadastrados em sua base em agosto, mostrou que três motivos têm sido os principais na hora de solicitar essa linha de crédito: renovação da casa (24,6%), seguido por quitação de dívidas (20,2%) e negócio próprio (18%).
De acordo com os dados mais recentes da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram concedidos 18.746 empréstimos do tipo em 2021.
As vantagens do empréstimo home equity são várias, mas muitas pessoas ainda acumulam dúvidas a respeito da modalidade, que também oferece riscos. Eu vou lhe ajudar a aprimorar sua expertise sobre o assunto para vender mais. Vem comigo!
Sumário
O que é home equity?
Ao optar pelo empréstimo home equity, nunca se esqueça de que o imóvel será levado a leilão em caso de inadimplência.
O empréstimo home equity é uma modalidade de crédito na qual o mutuário utiliza o seu imóvel como garantia para obter um empréstimo. A palavra “home equity” refere-se ao valor líquido que o proprietário possui em seu imóvel, ou seja, a diferença entre o valor de mercado do imóvel e o saldo do financiamento existente.
Essa modalidade de empréstimo surgiu nos Estados Unidos e ganhou popularidade na década de 1980. A ideia era permitir que os proprietários de imóveis utilizassem o valor acumulado em suas propriedades como garantia para obter empréstimos com juros mais baixos, geralmente para investimentos ou outras necessidades financeiras.
Para se qualificar para um empréstimo home equity, geralmente é necessário ser proprietário de um imóvel residencial que esteja quitado ou com um saldo de financiamento baixo em relação ao valor do imóvel. Além disso, a capacidade de pagamento do mutuário também é considerada pelas instituições financeiras.
Empresas também podem usar o empréstimo home equity para investir em outros imóveis ou negócios, uma vez que não se trata propriamente de um financiamento imobiliário, mas sim de um crédito pessoal, já que o devedor é o dono do imóvel.
O valor do empréstimo é disponibilizado de uma única vez ao devedor e, assim, ele pode utilizar o dinheiro como achar melhor. A garantia neste tipo de empréstimo é real, o que faz com que os juros sejam mais baixos que em outros empréstimos.
Dentro do vocabulário inicial sobre o assunto, você deve esclarecer ao seu cliente que essa operação é realizada por meio de alienação fiduciária. Que nada mais é do que a possibilidade do contratante, ou seja, a pessoa que pediu o empréstimo dando seu imóvel como garantia, continuar usufruindo do imóvel. Ou seja, continuar morando nele.
O credor, que é a instituição que vai emprestar o dinheiro, vincula em seu nome a documentação legal do bem, mas o contratante mantém o direito de posse direta.
Cabe ressaltar que os critérios de elegibilidade para esse tipo de crédito podem variar entre os países e as instituições financeiras, mas posso citar que uma delas é a idade: o limite de idade para solicitar um empréstimo home equity é de 80 anos e 6 meses.
Sendo assim, o tempo restante de vida do requerente precisa estar dentro do período do financiamento. Por exemplo, alguém com 40 anos só pode solicitar um financiamento com duração de 40 anos e 6 meses.
Mesmo assim, é importante consultar diretamente as instituições para obter informações detalhadas sobre os requisitos específicos para o empréstimo pessoal home equity.
Mas atenção! o valor máximo para empréstimo home equity, que é de 60% do valor do bem a ser dado como garantia. O objetivo é que o solicitante não adquira uma dívida maior do que pode suportar.
Apesar dessa modalidade de empréstimo ser um meio para se ter acesso a taxas de juros reduzidas e prazos mais estendidos, o seu uso não é indiscriminado e o limite do valor é uma regra geral.
Agora que você já conhece as informações iniciais, vamos ao passo a passo!
Como fazer um empréstimo home equity
Chegou a hora de mostrar para o seu lead qual o caminho que precisa ser trilhado para conquistar um empréstimo deste tipo. Estas são as etapas a serem seguidas para que você o oriente:
Aconselhe o lead a avaliar a situação financeira da família
Antes de solicitar um empréstimo home equity, é importante que o cliente reconheça sua capacidade de pagamento, considerando sua renda, despesas e outros compromissos financeiros.
Oriente a checar o valor do imóvel
A próxima etapa é obter uma avaliação atualizada do valor de mercado do imóvel que será oferecido como garantia. Isso ajudará a determinar o limite máximo do empréstimo que seu cliente poderá obter com base na porcentagem permitida pela instituição financeira que ele escolher.
Ajude seu lead a pesquisar instituições financeiras
Organize com ele uma lista e comparem diferentes instituições financeiras que oferecem empréstimos home equity. Considerem suas taxas de juros, prazos de pagamento, requisitos de elegibilidade e outros termos e condições relevantes. A taxa do empréstimo home equity dependerá da instituição escolhida.
Informe a documentação necessária
Neste passo você recomenda que seu cliente organize a documentação solicitada pela instituição financeira, otimizando tempo. Isso geralmente inclui comprovante de propriedade do imóvel, documentação de renda, extratos bancários, declarações de imposto de renda e outros documentos relevantes. Verifiquem com antecedência quais documentos são exigidos pela instituição financeira escolhida.
Espera da avaliação e análise
Agora é aguardar. A instituição financeira realizará uma avaliação do imóvel e uma análise detalhada da situação financeira do seu cliente, incluindo análise de crédito e renda. Essas etapas são realizadas para determinar a elegibilidade e o valor do empréstimo.
Normalmente, as instituições fazem três análises antes de conceder o empréstimo home equity. São elas:
- Jurídica
- Financeira
- Imobiliária
A avaliação jurídica serve para verificar se o imóvel que será dado como garantia está regularizado e se não há processos envolvendo o proprietário. Já a análise financeira trata-se de consulta de score na Serasa, por exemplo, e avaliação de comprovação de renda. Por fim, a análise imobiliária é a avaliação das qualidades do bem e o valor de mercado.
Faça com que o cliente analise atentamente a proposta
A análise cuidadosa dos termos e condições, incluindo taxas de juros, prazos de pagamento e cláusulas adicionais, é fundamental.
O empréstimo home equity é diferente da hipoteca porque tem taxas de juros mais baixas, mas, em compensação, nesta modalidade a instituição financeira tem mais facilidade de reivindicar o imóvel dado como garantia, caso não haja pagamento. É crucial ter certeza de que será possível arcar com o acordo. Se estiver satisfeito com a oferta, seu lead pode aceitá-la.
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Riscos de contratar um empréstimo home equity
O Home Equity é um instrumento poderoso de obtenção de crédito, mas é preciso ter cuidados para evitar insegurança para todas as partes. Ele deve ser utilizado com moderação.
Um dos perigos que a modalidade traz é a possibilidade de o devedor perder o seu imóvel. Ao adquirir o crédito, ele recebe o dinheiro para utilizá-lo como bem entender. O devedor pode aproveitar a oportunidade e quitar dívidas com juros maiores, adquirir um novo imóvel ou fazer investimentos seguros.
Porém, é preciso ter cuidado para não ceder a impulsos de consumo, como trocar de carro, fazer viagens, comprar bens não essenciais. Isso pode comprometer o imóvel dado como garantira e desestabilizar a situação financeira do seu cliente.
Outra dica importante é que o imóvel não deve ficar alienado com mais de uma instituição.
Um imóvel alienado é uma propriedade que foi financiada, mas que o comprador não conseguiu arcar com as parcelas. Neste caso, o banco toma o bem e revende para que não fique no prejuízo.
Se seu cliente tem um imóvel que está financiado com uma instituição financeira, mas ele quer oferecê-lo como garantia para pegar um novo empréstimo com outra instituição, isso pode causar um problema.
Caso não consiga pagar as parcelas do primeiro financiamento ou do segundo, uma confusão na alienação do imóvel poderia ser gerada.
Em casos como esse, a instituição com a qual seu cliente pretender fazer um empréstimo home equity pode quitar o primeiro financiamento por dentro da operação de crédito. Além disso, de acordo com o Banco Central, só é possível emprestar até no máximo 60% do valor do imóvel, então seu cliente poderá solicitar o saldo devedor como crédito e aliená-lo à operação.
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