Taxa SELIC mantém alta. Quais são as estratégias do mercado imobiliário para enfrentar o cenário?
Todo brasileiro minimamente ligado em Economia já ouviu falar sobre a importância do mercado da construção civil para o PIB nacional. O setor imobiliário, que engloba incorporadoras, construtoras, venda e aluguel de imóveis, é um importante termômetro do sucesso da economia nacional. Assim, passado o pico da pandemia da Covid-19, todos os olhos se voltaram para o reaquecimento deste setor, que, mesmo diante de números macroeconômicos desfavoráveis, continua a comemorar resultados.
No último dia 03 de maio, o Comitê de Política Monetária do Banco Central divulgou a manutenção da taxa SELIC em 13,75% ao ano pela sexta vez consecutiva, índice considerado alto pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), uma vez que a SELIC serve como um guia para a definição das taxas de financiamento imobiliário e preço de materiais de construção, por exemplo.
A SELIC é a taxa básica de juros da economia, e é utilizada pelo Banco Central como controle inflacionário, servindo também de base para o cálculo da rentabilidade de investimentos.
Setor da construção cria estratégias
Como o mercado imobiliário é considerado um segmento de consumo cíclico na economia, alguns indicadores como a SELIC costumam influenciar significativamente a tônica do próximo período. Por outro lado, mesmo diante da flutuação dos índices, o mercado também é conhecido por criar suas próprias estratégias para continuar gerando resultados.
Foi o caso do ano passado, quando, mesmo com a manutenção dos juros altos, o setor fechou o período com números positivos. Em dezembro de 2022 a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) comemorou um aumento de 11,9% nas vendas, considerado o acumulado do ano, naquela altura, de janeiro a outubro.
Segundo a ABRAINC, um fator que pôde ser apontado foi a volta do crescimento de postos de trabalho, na ocasião, inclusive, comandada pelo setor da construção civil e incorporação imobiliária, responsável por 11% das novas vagas com mais de 270 mil empregos.
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