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Fim da exclusividade da Caixa Econômica no programa Minha Casa Minha Vida  

Minha Casa Minha Vida: Imagem mostra símbolos da economia para ilustrar a perda de exclusividade da Caixa como agente financeira do programa de habitação.

No último dia 13 de junho foi aprovada no Senado a Medida Provisória que recria o Programa Minha Casa Minha Vida. A MP figura como um incentivo ao setor imobiliário e impulsiona o lançamento de projetos de casas populares. Um dos marcos do texto é a perda da exclusividade da Caixa Econômica Federal como operadora do Programa que, até então, era a única instituição financeira autorizada a intermediar as transações relacionadas ao Minha Casa Minha Vida.  

A decisão resulta na diversificação de opções de linhas de crédito, serviços, e condições de financiamento para quem deseja comprar, popularizando o acesso. Por outro lado, as novas instituições que integrarão o Programa deverão prestar contas ao Ministério das Cidades sobre os detalhes das transações realizadas, a exemplo da identificação do destinatário do crédito, o que visa garantir a transparência de todos os processos.  

 Daqui para a frente, as mudanças podem impactar em índices importantes para o setor da Construção como o índice de lançamentos (-23,3%); o índice de vendas (+6,8%); entregas (+12,3%); e o próprio PIB da Construção (+1,5%), segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), e do IBGE.  

A decisão aguarda agora sansão presidencial para que o projeto seja oficializado.  

Gestão de vendas no novo Minha Casa Minha Vida 

O aumento no otimismo do mercado conduz gestores a uma preocupação que é a gestão das vendas deste tipo de imóvel. Segundo o CEO da empresa CV CRM, Fábio Garcez, tanto quanto qualquer outro segmento, o Programa Minha Casa Minha Vida exige gestão de alta qualidade para render bons frutos.  

Com as novas exigências da Medida Provisória (MP) 1162/23, uma gestão de vendas eficiente e transparente se torna ainda mais importante para incorporadoras e corretores imobiliários. Assim, a digitalização das dinâmicas de venda pode ser uma grande aliada neste novo contexto.  

“Uma das características do segmento é a grande quantidade de unidades a serem vendidas o que pode gerar reservas duplicadas; outro ponto de atenção é a possibilidade do aumento da inadimplência. Estes são problemas que podem ser evitados com a adoção de softwares adequados que ajudem a prever obstáculos através de dados”, defende Fábio.  

Segundo analistas, o aquecimento das vendas para a baixa renda tende a perdurar nos próximos anos. A nova versão do MCMV prevê a contratação de 2 milhões de novas moradias até 2026. 


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