Banco tem como expectativa atingir o recorde de R$ 170 bilhões em contratações imobiliárias em 2022
Na última quinta-feira, 28 de abril, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou diversas novas medidas voltadas para a carteira de crédito da instituição. As novidades foram divulgadas durante a live semanal da Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC.
Além das novas medidas, Guimarães aproveitou o momento para apresentar um balanço de números gerais da Caixa e afirmou que a operação imobiliária continuará sendo o coração do banco.
“A nossa projeção é de R$ 170 bilhões em contratações imobiliárias no ano de 2022. Será o maior ano da história para a Caixa”, comemora o presidente.
Em 2019, a Caixa Econômica Federal fechou o ano com R$ 90,2 bilhões em créditos imobiliários. Nos anos seguintes, mesmo com a pandemia, o valor das contratações continuou crescendo. Foram R$ 116 bilhões em 2020 e R$ 140,5 bilhões em 2021.
Novas Medidas
Entre as novas medidas anunciadas pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, algumas já estão em vigor e outras passarão a valer nas próximas semanas.
Atualmente a Caixa já está com redução de juros nas contratações SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – com taxas a partir de 2,8% ao ano mais remuneração da poupança.
Para o Programa Casa Verde e Amarela, do qual a Caixa detém 99,9% de participação nos financiamentos, as taxas também estão reduzidas e houve aumento de 20% de orçamento e de até 15% do valor do teto do imóvel.
Guimarães apresentou ainda o novo produto da Caixa, que foi lançado em 12 de abril deste ano. Trata-se do Seu Lar do Seu Jeito, uma nova linha de crédito imobiliário com recursos do FGTS para famílias com renda de até R$ 3 mil e com integrante com deficiência. “Esta modalidade de contratação é destinada à adaptação de imóveis e reformas. O financiamento pode ser até R$ 50 mil para imóvel próprio residencial urbano com possibilidade de pagamento em até 20 anos”, explicou o presidente da Caixa.
A grande novidade anunciada na noite foi a carência de seis meses no financiamento de imóveis novos e usados com recursos de poupança para pessoa física. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, comemorou a medida, mas aproveitou o momento para pontuar a importância da extensão da carência também ao público que financia pelo FGTS. De acordo com Martins, essas são as pessoas que mais precisam de incentivos.
Pedro Guimarães, por sua vez, concordou com a colocação e explicou que, para que essa realização fosse possível, é necessária a aprovação do Conselho Curador. “As ações em relação ao SBPE (poupança) são mais ágeis, pois dependem exclusivamente da Caixa. Já em relação ao programa Casa Verde e Amarela, existe uma interação com o Ministério do Desenvolvimento Regional, em especial com o Conselho Curador. E aí uma conversa faz-se necessária. Mas acredito que é totalmente válida, tem viabilidade matemática e o apoio da nossa gestão”, relatou.
O presidente da Caixa anunciou, ainda, diversas outras medidas como prorrogação de medidas de apoio às empresas até dezembro de 2022; prorrogação da taxa promocional com recursos de poupança para pessoa jurídica; abertura da linha de financiamento para aquisição, construção ou reforma de imóveis comerciais; simplificação da liberação de recursos no novo Plano Empresário da Caixa; entre outras.
Para Fábio Garcez, CEO da empresa de tecnologia voltada para o mercado imobiliário, CVCRM – Construtor de Vendas, parceira da CBIC, a Caixa Econômica Federal tem um papel fundamental quando o assunto é habitação social e retomada da indústria da construção civil. “Todas as medidas apresentadas são essenciais para o setor. A Caixa é uma força motriz para impulsionar o desenvolvimento do país, já que concentra mais de 50% do crédito imobiliário em sua carteira. A agilidade da instituição durante a pandemia no diálogo com diversos órgãos mostra a força e a importância que ela tem no mercado”, pontua.
Fábio ressalta, ainda, o grande papel social que o banco tem no Brasil. “Se não fosse a Caixa, pouquíssimas pessoas de baixa renda conseguiriam realizar o sonho da casa própria”, finaliza.
