Sem sinais de que os juros cairão no curto prazo, especialistas acreditam que investir em Letra Imobiliária Garantida (LIG) é uma grande opção com ganhos reais. Mas o que é uma LIG? Como ela funciona? Quanto rende?
Hoje, o Blog do CV vai esclarecer todas as suas dúvidas a respeito da nova queridinha no mundo dos investimentos. A Letra Imobiliária Garantida não é nenhum bicho de sete cabeças e nós vamos mostrar os porquês.
O que é Letra Imobiliária Garantida?
A LIG é uma espécie de irmã mais nova da Letra de Crédito Imobiliário (LCI), da Letra Hipotecária (LH) e da famosa poupança. Assim como as outras, a LIG é utilizada para custear crédito para o setor habitacional.
Trata-se de um título lastreado por créditos imobiliários. Ou seja, está destinada a financiar o mercado habitacional que, normalmente, depende de recursos da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
E qual a principal diferença da LIG para a LCI, LH e poupança? Apesar de servirem para o mesmo propósito, que é financiar a construção e a aquisição de imóveis, a LIG é a única que possui a garantia de um imóvel em específico para o investidor.
Outro ponto importante é que a LIG tem prazo maior de investimento, se comparada às “irmãs”.
Como funciona a Letra Imobiliária Garantida?
A distribuição de Letras Imobiliárias Garantidas cresceu 130% no ano de 2021. Isto aconteceu devido à expansão do mercado imobiliário. Se há um aumento na venda de imóveis novos e usados, consequentemente há um crescimento na demanda por crédito habitacional nos bancos.
Nessa busca por recursos para viabilizar as linhas de crédito, os bancos começaram a liberar cada vez mais LIGs.
Este é um título que pode ser emitido por sociedades de crédito, financiamento ou investimento, caixas econômicas, bancos, empresas hipotecárias e associações de poupança e empréstimo.
A LIG foi desenvolvida com base no modelo europeu de covered bonds, com o objetivo de incentivar o mercado imobiliário brasileiro. Os covered bonds são garantidos por um conjunto de ativos que, em caso de incumprimento do emitente, podem cobrir créditos a qualquer momento.
O que aproxima a LIG dos covered bonds é uma espécie de garantia dupla. Além de oferecer a garantia do imóvel que está sendo financiado com esses recursos (ou seja, do próprio ativo), a LIG oferece uma proteção extra, que é a garantia do banco emissor. Se quem contratou o financiamento não pagar as parcelas, o investidor contará também com a cobertura da instituição financeira para reaver o valor investido.
A LIG possui isenção de Imposto de Renda para investidores locais e estrangeiros. Além disso, esse título promove novidades em comparação aos demais instrumentos de capitalização do mercado pois carrega uma possível rentabilidade atrelada à variação cambial.
Quanto rende uma Letra Imobiliária Garantida?
Os ganhos da LIG podem estar atrelados à indexação cambial; pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o índice oficial de inflação); e pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
Mas a maioria delas está vinculada ao principal parâmetro de referência para os investimentos de renda fixa, o CDI, que é a taxa usada para empréstimos entre bancos. E isso deve permanecer assim por um bom tempo.
A LIG, porém, exige uma preocupação que vai além da rentabilidade. Este é o tipo de investimento para quem não tem pressa. Não é possível antecipar o resgate, por exemplo. E, normalmente, os ativos têm vencimento mínimo de dois anos.
Além disso, os valores exigidos para investimento inicial não são baixos. A LIG Bradesco, por exemplo, tem um valor mínimo de aplicação de R$ 50 mil.
Quando surgiu a LIG?
O Banco Central concluiu a regulamentação necessária para emissões de Letra Imobiliária Garantida em maio de 2018. Foi a partir daquele momento que as instituições financeiras passaram a poder emitir LIGs.
A Circular 3895, publicada na ocasião, concluiu o arcabouço necessário para a emissão dos papeis e estabeleceu os procedimentos para o depósito centralizado da LIG e para o registro ou depósito centralizado dos ativos integrantes da carteira de ativos.
O processo de regulamentação durou cerca de três anos. O resultado foram nove atos normativos, entre resoluções, circulares e cartas circulares. Todas essas normas disciplinam os aspectos essenciais do título que era novidade no Brasil.
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