O Relatório Focus do Banco Central revelou uma expectativa de redução da inflação no Brasil a partir de 2023 até 2026. A desaceleração nos preços ao consumidor se demonstrou mais forte do que o esperado em maio. O boletim traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores que compõem a inflação e é divulgado toda segunda-feira.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é utilizado como indexador oficial do país, corrigindo salários, aluguéis, taxa de câmbio, poupança, além dos demais ativos monetários, impactando diretamente no otimismo do mercado para os próximos anos.
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A notícia é boa para quem deseja investir em financiamentos, em especial imobiliários.
Para além da expectativa de redução da inflação no Brasil, a nova previsão para o IPCA se junta à divulgação da Caixa Econômica sobre a possível partilha de lucros do FGTS acumulados em 2022 com cotistas.
No início de junho, a Caixa Econômica Federal publicou resultados preliminares do lucro do FGTS, que fechou o ano passado com lucro de R$ 15,37 bilhões. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o número pode significar um ganho real acima da inflação para trabalhadores que possuam contas ativas ou inativas vinculadas ao benefício.
Somando os empréstimos feitos com recursos do FGTS, o mercado imobiliário movimentou R$ 240,8 bilhões em crédito em 2022, e a notícia pode aumentar o otimismo da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) com relação à utilização deste fundo.
Uma pesquisa realizada pelo Quinto Andar com 1.500 pessoas, em diversas localidades do Brasil, apurou que 39% dos entrevistados afirmaram ter a intenção de comprar uma casa ou apartamento ainda em 2023.
Apesar do Boletim do Banco Central não detectar mudança na taxa básica de juros, que se mantém em 13,5%, o índice estimula a alta do preço dos aluguéis, o que, de acordo com a pesquisa do Quinto Andar, figura entre os motivos do interesse de compra de imóveis por brasileiros. Segundo a pesquisa, apenas 18% dos entrevistados têm interesse em alugar.