A relação entre felicidade e produtividade vem sendo estudada há anos e a comprovação de que esses dois fatores estão conectados já existe. Diversas empresas ao redor do mundo já identificaram a correlação e o mercado tem apoiado esse movimento através de iniciativas como ranquear as melhores empresas para trabalhar.
De acordo com a pesquisa mais recente da Universidade de Warwick, no Reino Unido, a felicidade torna, sim, as pessoas mais produtivas no trabalho. Economistas realizaram uma série de experimentos para testar a ideia de que funcionários felizes trabalham mais. No laboratório, eles descobriram que a felicidade torna as pessoas cerca de 12% mais produtivas.
Cientes disso, empresas buscam formas de identificar se o ambiente de trabalho no qual estão inseridos seus funcionários é adequado e estimulante para eles. Uma dessas maneiras é através da certificação GPTW – Great Place to Work.
O Great Place to Work é uma consultoria global que apoia organizações a obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação. GPTW oferece consultoria para empresas que querem colocar as pessoas no centro de sua estratégia de negócios. Além disso, certificam e reconhecem os melhores ambientes de trabalho em 109 países ao redor do mundo.
Recentemente, a proptech sergipana CV CRM (empresa de tecnologia que oferece soluções em gestão comercial para o mercado imobiliário), foi listada no ranking GPTW das 150 melhores empresas para trabalhar em 2022. A premiação é realizada em parceria com Pequenas Empresas, Grandes Negócios e apoio da Tamer Comunicações.
Para ver a lista completa das 15 melhores empresas para trabalhar em 2022 no Brasil, acesse https://gptw.com.br/ranking/melhores-empresas/.
Para Kelli Soares, gerente de Gente e Cultura do CV CRM, as vantagens para as empresas que adotam o conceito, bem como a cultura de qualidade de vida no trabalho são inúmeras. “Produtividade, atenção e motivação aumentam, o ambiente organizacional melhora, há diminuição de gastos com tratamentos de saúde, queda na rotatividade, retenção de talentos e aumento dos lucros, entre outros”, explica Kelli.
Quem também encontrou uma ligação conclusiva entre felicidade e produtividade, foi a Universidade de Oxford, na Inglaterra. De acordo com uma pesquisa em colaboração com a multinacional britânica de telecomunicações BT, a universidade descobriu que trabalhadores felizes são 13% mais produtivos.
Kelli Soares ressalta que a felicidade do trabalhador não depende apenas de fatores externos ao ambiente de trabalho. Ela explica que existem, pelo menos, quatro princípios necessários para a felicidade no local de trabalho com papéis significativos. “Sem uma boa atmosfera de equipe, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, reconhecimento profissional e oportunidades de crescimento fica difícil manter os funcionários felizes”, pontua.
Ao longo do tempo, a literatura procurou explicar a heterogeneidade na produtividade entre indivíduos e empresas. Os pesquisadores da Universidade de Oxford alegam, em seu artigo sobre o tema, que já existem contribuições para uma extensa análise sobre gestão e a relação entre felicidade e desempenho.
A boa notícia é que todo o conceito está saindo do papel e sendo colocado em prática por muitas empresas. Uma das novidades mais recentes no mundo corporativo, inclusive, é a adoção da jornada de quatro dias semanais de trabalho em diversos países na Europa com o objetivo de manter os funcionários mais felizes e produtivos.
