Fundo de investimento é um tipo de aplicação financeira caracterizada pela união de diversos investidores que aplicam o seu dinheiro em diferentes tipos de ativos financeiros. Entre as modalidades de fundos de investimento existentes estão os fundos imobiliários.
No Brasil, os fundos de investimentos são constituídos por pessoas jurídicas e regidos por um Estatuto Social. Com regras de atuação, composição de carteira e níveis de risco administrativo, os fundos podem contratar especialistas para gerenciá-los. O objetivo é maximizar os lucros e minimizar os riscos para os investidores.
Os Fundos Imobiliários passaram por altos e baixos nos últimos meses. O Blog do CV vem, portanto, trazer detalhes sobre esse tipo de investimento para esclarecer todas as suas dúvidas.
O que são Fundos Imobiliários?
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII), como também são chamados, têm como objetivo aplicar recursos em diversos tipos de investimentos imobiliários. Estes podem ser o desenvolvimento de empreendimentos ou imóveis já prontos. Alguns exemplos são shopping centers, hospitais e edifícios comerciais.
A aplicação em Fundos Imobiliários é recomendada, principalmente, para aqueles investidores que possuem perfil moderado ou agressivo. O intuito é conseguir retorno financeiro através da exploração de arrendamento, locação, venda do imóvel e demais atividades do setor.
Vantagens dos Fundos Imobiliários
As principais vantagens para essa modalidade de fundo são:
- Vantagem fiscal;
- Diversificação dos investimentos;
- Liquidez.
Para pessoas físicas, os Fundos Imobiliários trazem uma vantagem fiscal. Nessa modalidade, não há incidência de Imposto de Renda sobre o rendimento distribuído pelo fundo, o que aumenta o retorno do investimento.
A aplicação em Fundos Imobiliários permite uma maior diversificação em relação ao seu investimento. Com valores baixos, já é possível ter acesso a diferentes tipos de imóveis em vários segmentos do setor.
Em relação à liquidez, o risco de não conseguir vender o ativo é reduzido. As cotas são negociadas em Bolsa e são mais livres de complicações burocráticas.
Fundos Imobiliários X Compra de Imóvel
Muitas pessoas, quando pensam em investir em imóveis, acabam preferindo comprar um empreendimento para ganhar com o aluguel ou revende-lo. Esta é uma forma mais segura de investimento, mas as diferenças entre aplicar em Fundos Imobiliários e comprar um imóvel são várias. Vamos analisar cada uma delas.
Gestão
O proprietário de imóveis precisa dedicar parte do seu tempo para a administração dos mesmos. A burocracia com escrituras, certidões, ITBI, locação, vacância, reforma, cobrança, entre outras possibilidades, é alta e demanda atenção.
Já nos FIIs, o investidor conta com a gestão ativa do fundo, que visa extrair o maior valor do portfólio de imóveis, por meio da procura constante de inquilinos ou até da reciclagem dos ativos. Além disso, o investidor negocia as suas cotas sem se preocupar com burocracia e os cuidados que um imóvel requer.
Risco
O proprietário de um imóvel fica mais suscetível ao risco de vacância (imóvel vazio) e inadimplência. Por outro lado, o FII investe, normalmente, em grandes empreendimentos. Neste caso, há diversificação de inquilinos e a minimização de grandes oscilações na distribuição dos rendimentos.
Vantagem Fiscal
Como já falamos neste artigo, para pessoas físicas, não há incidência de Imposto de Renda sobre o rendimento distribuído pelo Fundo Imobiliário, o que aumenta o retorno do investimento. Já no caso do dinheiro proveniente dos aluguéis de imóveis de propriedade direta, estes sim são tributados pelo Imposto de Renda Pessoa Física.
Diversificação do investimento
O imóvel é um bem indivisível. Isso quer dizer que não é possível vender apenas uma parte dele. Não se pode fraciona-lo sem que seja diminuído o seu valor, alterada sua substância ou causado prejuízo do uso a que se destina. Em outras palavras, não é possível vender um pedaço do seu apartamento.
Dessa forma, ao negociar o imóvel de sua propriedade você precisa negociar, em regra, o todo. O que não acontece nos Fundos Imobiliários. Com aplicações de baixo valor, você já tem acesso a diferentes tipos de imóveis em vários segmentos do setor. Assim, há uma maior diversificação do seu investimento.
Liquidez
Digamos que você precise do dinheiro que investiu na compra de um imóvel com uma certa urgência. Para contar com o valor, será preciso vende-lo. A transação depende de diversas variáveis que tornam a venda do imóvel mais lenta do que a venda de um ativo do Fundo Imobiliário.
Como já informamos no início do artigo, as cotas dos FIIs são negociadas em Bolsa, o que reduz o risco de não conseguir vender o ativo. Além disso, não há complicações burocráticas.
Vale a pena investir em Fundos Imobiliários?
Atualmente, o Brasil vive um cenário de juros em alta. Em momentos como esse, é comum que investidores prefiram títulos públicos a investimentos de renda variável. Com isso, os ativos dos Fundos Imobiliários acabam se desvalorizando e perdem força.
Porém, especialistas afirmam que os FIIs são uma maneira de se proteger das oscilações do mercado. Na prática, os ativos acompanham as oscilações dos juros e da inflação, o que protege os cotistas das variações do cenário econômico brasileiro atual.
Vamos entender porque isso acontece? Os Fundos Imobiliários “de papel” investem em títulos que são orientados por indicadores macroeconômicos, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Eles possuem, ainda, indexadores para correção dos rendimentos do portfólio geral, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
É por causa dessas orientações e indexações que os ativos dos FIIs acompanham as variações dos juros e da inflação e podem evitar a perda do poder de compra, mesmo com o cenário econômico em crise.
Procure um especialista
Movimentar Fundos Imobiliários não é coisa simples e envolve muitos detalhes. Se você ficou interessado em entrar nesse universo, procure um especialista nessa modalidade e aja com cautela.
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